E eu olhei para baixo no rio em cima da ponte dos arcos toda a minha vida evacuando na correnteza. O que seria de mim se caísse? Oh como eu queria ser aquele pássaro branco e voar para bem longe, onde estes pensamentos não consigam me alcançar. Seria tão rápida a queda. E tudo acabaria. Não haveria mais dor, nem pranto. Mas a que ponto eu cheguei?
Por que abri mão de tudo e da felicidade? Não quero morrer. Chega de ser covarde, chega de fracassar. Não vou procurar mais a caída no abismo. Eu quero a felicidade no céu.
Virei para trás e tinha um homem vestido de branco. Parecia esperar eu subir nas grades da ponte e pular. Nem Deus permitiria tal coisa. Havia um anjo me esperando. Mas eu corri. E quando olhei para trás não havia ninguém, só a ponte e o suicídio cancelado.
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